São muito comuns os descendentes de europeus e asiáticos, que vivem no país, terem uma noção muito nítida de sua ancestralidade. Já os afros descendentes têm extrema dificuldade em reconhecê-la, Por quê? Saber de sua história é saber quem você é e qual o próximo passo deve ser dados. É um elemento fundamental para a construção da identidade. Logo não saber de sua historia é não saber quem você é e para onde você deve ir. Aproveitando esta lacuna o próprio sistema, cuja base de sustentação é o racismo e a exploração de suas vítimas, resignifica valores implantando em nossas mentes, uma identidade que nos violenta e nos obriga a andar por caminhos que nos destroem.
Todos os problemas enfrentados pelas comunidades negras são oriundos do processo de desapropriação territorial, mental, social e cultural. Fomos implantados numa sociedade construída para nos anular enquanto seres pensantes, ativos, dotados de inteligência cujas criações até hoje não souberam desvendar (Pirâmides do Egito).
É na perspectiva de desconstruir, resignificar e transformar esta sociedade que realizamos ações como o Cortejo Afro do Subúrbio revelando o que o povo negro do subúrbio tem de melhor, promovendo espaço para exposição de suas demandas, restaurando assim a consciência da saciedade que vivemos e os caminhos que queremos seguir.
Através do reconhecimento de nossa ancestralidade e sempre ativa, Reverenciamos Zumbi dos Palmares, Dandara, Luíza Mahin, Luiz Gama, todas as ondas de revolta ministradas pelos Malês, todos os Inconfidentes Baianos e Ancestrais que nos inspiram e fortalecem os nossos movimentos.
Movimento de Cultura popular do Subúrbio
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